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Debate: Introdução à Computação, INE5401 #6

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paladini opened this issue May 17, 2015 · 4 comments
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Debate: Introdução à Computação, INE5401 #6

paladini opened this issue May 17, 2015 · 4 comments

Comments

@paladini
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Tem se falado em remover a disciplina INE5401 (Introdução à Computação) [ #4 ], mas acredito que temos que olhar com calma para isso. Quero deixar uma nota sobre a ideia e também falar 3 propostas que vejo como viáveis para a disciplina.

Nota sobre a remoção da disciplina

Praticamente todos os cursos da UFSC possuem uma disciplina de "Introdução à ", não sei se existe alguma regra ou regulamento da UFSC que obrigue tais disciplinas. Antes de pensarem em remover essa disciplina do curso isso precisa ser verificado.

Ideias para a disciplina

  1. Remover a disciplina e adicionar outra que ensine as coisas básicas da UFSC e do curso (calma). Em Biologia há uma disciplina chamada "Profissão Biólogo", onde os estudantes são apresentados os campos que o aluno pode seguir dentro da área, são apresentados TODOS os laboratórios que eles podem escolher para trabalhar a partir da 2ª fase (até hoje eu não conheço todos os labs do departamento). A informação pode ser melhor descrita por um amigo meu que deixou CCO e está na Bio agora. Informações adicionais como "como fazer publicações", "eventos e congressos de computação existentes", etc. podem ser interessantes.
  2. Remover a disciplina e adicionar uma de introdução à ciência. Como o curso é de "Ciência de Computação" (embora tecnicamente CCO não seja uma ciência) acho BEM importante existir uma disciplina que introduza ao pensamento científico. Isso é algo que pode ser muito importante para os alunos entenderem o que é o método científico, o que é uma hipótese, um fato, um teorema, um axioma, um corolário, etc. Isso já mostra uma alternativa a visão clássica de que o curso é para formar programadores voltados para o Mercado, ajuda a criar uma identidade de cientista da computação e os formados não ficarão com aquela ideia vaga sobre o que se trata o curso.
  3. Remover a disciplina. Não sabemos se é possível.
@ranisalt
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Contributor

+1 gostei das duas primeiras e acho que podia haver um mix delas. Uma parte da disciplina mostrando o curso na UFSC e outra mostrando o curso pós-formação.

Vejo só um problema: como essa matéria será avaliada? Veja com seu amigo como funciona a disciplina da Bio :)

@Mtzrkov
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Mtzrkov commented May 18, 2015

Opa!

Eu sou o rapaz que faz biologia.

Então, nessa disciplina, como o Fernando falou, nós conhecemos a carreira, os caminhos, as organizações e tudo sobre a profissão biólogo. Tem aulas sobre lattes, linhas de pesquisa, conselho regional de biologia, direitos e deveres da profissão, enfim, um panorama geral.

Há várias palestras e em cada palestra temos que fazer uma resenha, assim como em cada visita de laboratório. E há uma resenha final sobre o seu entendimento da profissão e qual carreira pretende seguir, se já se decidiu, ou não. Essa é a forma de avaliação.

@ranisalt
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Contributor

O PR #13 tem uma proposta que contempla esta.

@JPTIZ
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JPTIZ commented Jan 14, 2019

3 anos depois, retomando a discussão. Talvez seja interessante rever o que mudou da visão de quem postou há 3/4 anos atrás. Acho justo retormarmos com mais força, agora que a linguagem inicial do curso mudou (Python, finalmente; adeus Java, finalmente²), temos alguns professores interessados na reforma curricular (inclusive, um deles acaba seu mandato de coordenador agora), e temos um CALICO que se propõe a ser mais ativo academicamente.

O PR #13

O #13 é interessante, mas não sei se uma ementa livre seja adequado. Essa disciplina tem dois problemas:

  1. Ela já tem um esteriótipo de "boiada";
  2. Ela é para calouros, o que combinado com o 1º problema faz com que mesmo as palestras costumem não ser levadas a sério (salvo algumas palestras que o professor palestrante consegue realmente chamar a atenção do pessoal).

Por um lado, tornar livre daria liberdade ao professor de reformular a disciplina sempre que necessário, mas como fazer com que isso não vire mais um agravante para o quesito "boiada"? Por outro lado, se considerar que alguns professores já fazem planos de ensino ligeiramente arbitrários, não sei qual seria a diferença prática de tornar a ementa livre.

Propostas do OP

Os pontos que o @paladini levantou são bastante interessantes (não entendi, porém, por que CCO não é uma ciência). Em alguma reunião recente (não lembro se do CALICO -- não achei algo sobre nas atas, talvez tenha ficado como off-topic), foi discutido sobre essa questão de passar em todos os laboratórios e lembro de:

  1. Comentarem ser um tanto inviável: são 50 alunos/semestre, passando em cada laboratório, seria muita gente abordando os laboratórios que não tem salas lá muito grandes (convenhamos, o PET por exemplo mal tem espaço para seus 12 participantes + 4~5 alunos vindo estudar/passar um tempo lá, imagine 50).
  2. Nesse sentido, surgiu a ideia de separar em "chunks" de alunos, divididos entre os andares, porém a questão é como fazer o "tracking" desses alunos.

Proposta baseada no curso de Biologia

Up pela parte de lattes, linhas de pesquisa e etc. (não sei como seria passada a parte de Lattes, porém). Sobre as palestras, isso é algo que já é feito (como comentei mais cedo, que nem sempre é levado a sério), mas sugiro ser retrabalhado nessa disciplina se for manter.


Coisas a acrescentar

Preciso apontar algumas coisas que surgiram enquanto se discutiu sobre essa disciplina nos últimos tempos:

  1. Diria que seria bastante adequado que essa disciplina cobrisse assuntos como Algoritmos (enquanto teoria, não voltados a linguagens específicas) e Máquinas de Turing (algo bem introdutório, enunciando quem sabe um pouco sobre computabilidade), que são algumas das coisas que justamente introduzem alunos à computação, o que já seria um primeiro ponto para perceberem que Computação != (Formação pra Programação ou SIN). Acharia justo, também, cobrir um pouco sobre paradigmas, afinal ainda tem muito na mente de formados em Computação e áreas afins de que programar é escrever sequências de instruções e que linguagens imperativas são as mais poderosas (quando paradigma funcional tem um impacto mais efetivo se tratando de paralelismo e otimizações - que tende a crescer por questões de necessidade, tanto que compiladores com otimização - e.g. GCC - transformam, internamente, o código-fonte em uma linguagem de certa forma funcional pra conseguir aplicar essas otimizações).
  2. É necessário também levar em conta o professor responsável pela disciplina, que precisa concordar com o propósito dela em relação às atividades, mas imagino que isso fica pra reuniões de colegiado. Será que mais de um professor responsável seria bom? Ou quem sabe alinhar melhor a disciplina para o CALICO + PET levarem à frente?

Outra coisa que tenho pensado é, analisando os cursos abertos do MIT (e.g. o de segurança), todas as aulas são baseadas em:

  • É mandado um artigo para os alunos lerem, artigos bem simples geralmente (no caso de segurança, o conteúdo já é mais avançado, então os artigos exigem um pouco mais), com alguma técnica sendo proposta (por exemplo, o Capsicum pra um sistema de Capabilities);
  • Os alunos leem e fazem perguntas antes da aula seguinte, enviando para o professor;
  • A aula seguinte é como uma aula normal que estamos habituados, mas sempre fazendo referência ao artigo. Durante essa aula, o professor comenta sobre as perguntas sempre que for conveniente (por exemplo, está falando sobre um ponto que tem relação com a pergunta de um aluno, já aproveita e encadeia e responde).

Eu diria que um modelo desses é ótimo para introduzir essa ideia de ciência: nesse quesito, mesmo que o aluno vá para o mercado, ler artigos é essencial. Já introduz o aluno a ambientes como IEEEXplore, vê como a pesquisa acadêmica é feita, e por aí vai (e imagino que ajude para quando ele for apresentar o TCC), e Introdução à computação parece adequado para isso. Tudo bem que vai da didática do professor querer aplicar isso, mas ainda assim acho justo levar para discussão esse modelo.
Também teria que levar em conta que são calouros, então os papers teriam que ser realmente bem simples e introdutórios (algo ao estilo do paper do Gharachorloo, por exemplo, que serve justamente para introduzir profissionais para à área de modelos de consistência de memória).

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