Após décadas de espera, o Governo Federal anunciou, em fevereiro de 2023, o reajuste das bolsas de ensino, pesquisa e permanência fornecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os valores começaram a chegar com correção às contas de bolsistas e, nas redes sociais, fotos de carrinhos de compras mais recheados e de utensílios de casa consertados sinalizam o impacto do aumento para quem depende dessa fonte de renda.
Percebendo o possível impacto que esse aumento terá para essa parcela da população universitária, assim como para projetos de pesquisa que são custeados com os valores repassados pelas instituições de fomento, O POVO+ analisou os dados sobre bolsistas do CNPq e da Capes no Ceará e estimou o impacto financeiro do reajuste.
Os dados levantados mostram que serão distribuídos R$ 3 milhões a mais por mês entre 6.094 bolsistas de diferentes modalidades e áreas do conhecimento só no Ceará após o reajuste anunciado pelo Governo Federal. Leia mais informações na reportagem "A pesquisa, sem um pesquisador, não existe": o impacto do reajuste para bolsistas do Ceará.
- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): Bolsas e Auxílios Pagos - Ano 2022
- Informações fornecidas pela Coordenação Geral de Comunicação Social da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CGCOM/CAPES) sobre a quantidade de bolsistas atuais
- Tabela de reajustes das bolsas de pós-graduação e iniciação científica
Para esta análise, foram utilizados dados da base de Bolsas e Auxílios Pagos em 2022, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), informações fornecidas pela Coordenação Geral de Comunicação Social da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CGCOM/CAPES) e a tabela de reajustes apresentada pelo Governo Federal em 16/02/2023 durante o anúncio do aumento nos valores das bolsas de pós-graduação e iniciação científica no País.